quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

AS AMEAÇAS NATURAIS E AS AMEAÇAS DO HOMEM PARA A TARTARUGA MARINHA.



AMEAÇAS NATURAIS



   Nenhuma ameaça natural, por si só, é capaz de representar perigo de extinção para as tartarugas marinhas.


   Os primeiros predadores naturais são raposas, caranguejos e formigas. Ao nascerem, os filhotes se tornam vulneráveis à predação por aves marinhas, caranguejos, polvos e uma grande diversidade de peixes marinhos.
   Na maturidade, as tartarugas marinhas são relativamente imunes à predação, a não ser pelo ataque ocasional de tubarões e orcas. A exceção é a desova, o momento mais vulnerável na vida de uma fêmea adulta, pois é quando ela está fora do mar. Na praia, perde a agilidade, torna-se lenta e indefesa, fica totalmente exposta aos ataques de predadores como onças-pintadas.
   Mas nenhuma ameaça natural, por si só, é capaz de representar perigo de extinção para as tartarugas marinhas. São as atitudes predatórias do homem que as colocaram nessa situação de risco.




AMEAÇAS DO HOMEM

   CAÇA E COLETA DE OVOS                                                                                    

    Até a década de 80, ERA um hábito comum, nas comunidades litorâneas, matar tartarugas marinhas para consumir a carne; coletar os ovos nos ninhos, para comer ou vender como tira-gosto em bares praieiros; e vender o casco para fabricação de armações de óculos, pentes e enfeites como pulseiras, anéis e colares. Geralmente, as fêmeas eram capturadas quando subiam à praia para desovar.

    Quando o Tamar lançou ao mar a primeira ninhada nascida sob sua proteção, havia praticamente uma geração de crianças e jovens daquelas comunidades que nunca tinham visto um filhote de tartaruga. Mas hoje essas práticas predatórias raramente acontecem, nas áreas protegidas pelo Tamar.


PESCA INCIDENTAL


   As tartarugas marinhas interagem com diversas modalidades de pesca artesanal e industrial. Presas nos diversos tipos de redes e anzóis, não conseguem subir à superfície para respirar e acabam desmaiando ou mesmo morrendo afogadas.

   A pesca de camarão com redes de arrasto, próximo à costa, e a de peixes pelágicos com espinhéis, em escala industrial, em alto mar, são dois dos principais tipos de pescaria que afetam as tartarugas marinhas, no Brasil e no mundo, com registro de altos índices de captura incidental, considerada atualmente a principal ameaça a esses animais. Por isso, o Tamar desenvolve programa específico que inclui educação ambiental e orientação aos pescadores, além de desenvolver novos recursos e petrechos de pesca que possam minimizar os efeitos da pesca sobre as populações e reduzir os índices de capturas.


               SOMBREAMENTO ( CURIOSIDADE )Construções altas e plantações em grande parte no litoral podem aumentar significativamente o sombreamento das praias de desova, diminuindo a temperatura média da areia -  e as temperaturas mais baixas na areia da praia pode provocar aumento no nascimento de filhotes machos, gerando desequilíbrio nas populações de machos e fêmeas.




 ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL / FOTO POLUIÇÃO



É importante adequar a iluminação da orla para não prejudicar as tartarugas marinhas.
    A incidência de luz artificial nas praias, resultado da expansão urbana sobre o litoral, prejudica fêmeas e filhotes. As fêmeas deixam de desovar, evitando o litoral, se a praia está iluminada inadequadamente. Os filhotes, por sua vez, ficam desorientados: ao invés de seguir para o mar, guiados pela luz do horizonte, caminham para o continente, atraídos pela iluminação artificial - e fatalmente são atropelados, devorados por predadores como cães e raposas, ou morrem de desidratação.

    O Tamar conseguiu aprovar leis que impedem a instalação de novos pontos de luz em áreas de desova e faz campanhas permanentes para substituição, nessas áreas, das luminárias convencionais por outras, especialmente desenhadas com a consultoria do Projeto, para que a luz não incida diretamente sobre a praia.
SIGA O EXEMPLO:

Adaptado de: B. E.Witherington and R. E. Martin 1996


TRÂNSITO DE VEÍCULOS
   O trânsito de veículos é proibido nas praias de desova das tartarugas marinhas no litoral brasileiro. Há duas razões principais: em primeiro lugar, pode aumentar a mortalidade ainda dentro dos ninhos. A compactação da areia, provocada pela circulação de carros, motos e afins, impede a subida dos filhotes para fora – eles saem uns se apoiando sobre os outros, após a eclosão dos ovos. Além do mais, as marcas de pneus na areia dificultam a caminhada das tartaruguinhas em direção ao mar – e o risco de atropelamento é constante.

                                       


Em outro post aprofundarei mais sobre o assunto da ameaça Fotopoluição e Poluição..
Boa noite a todos, e espero que tenham gostado :) Até amanhã!

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