quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Proteger as tartarugas marinhas é preservar a vida marinha, garantir a sobrevivência do planeta e da humanidade.

   Olá, bom, irei falar sobre o projeto tamar. (Tudo o que está escrito eu retirei do site http://www.tamar.org.br/
porém, retirei o que acho muito importante nós sabermos :) então .. aí vai.
                           
O QUE É O PROJETO TAMAR?
   O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Ibama-Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países, sobretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho sócio-ambiental.
   Pesquisa, conservação e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção, é a principal missão do Tamar, que protege cerca de 1.100km de praias, através de 23 bases mantidas em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso desses animais, no litoral e ilhas oceânicas, em nove Estados brasileiros.
   O nome Tamar foi criado a partir da combinação das sílabas iniciais das palavras tartaruga marinha, abreviação que se tornou necessária, na prática, por conta do espaço restrito para as inscrições nas pequenas placas de metal utilizadas na identificação das tartarugas marcadas para diversos estudos.
   Desde então, a expressão Tamar passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, executado pelo Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Centro Tamar, vinculado à Diretoria de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade-ICMBio, órgão do Ministério do Meio Ambiente.
   O Projeto Tamar/ICMBio é co-administrado pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Fundação Pró-Tamar, instituição não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1988 e considerada de Utilidade Pública Federal desde 1996.
   A Fundação foi criada para executar o trabalho de conservação das tartarugas marinhas, como responsável pelas atividades do Projeto Tamar nas áreas administrativa, técnica e científica; pela captação de recursos junto à iniciativa privada e agências financiadoras; e pela gestão do programa de auto-sustentação. Essa união do governamental com o não-governamental revela a natureza institucional híbrida do Projeto.
   O Tamar conta com patrocínio nacional da Petrobras, apoios e patrocínios regionais de governos estaduais e prefeituras, empresas e instituições nacionais e internacionais, além de organizações não-governamentais. Mas é fundamental, sobretudo, o papel das comunidades onde mantém suas bases e da sociedade civil em geral, que participa e ajuda o Projeto, individual ou coletivamente.)

A LEGISLAÇÃO
   No Brasil, a Portaria do Ibama, nº. 1.522, de 19/12/89, é o instrumento legal em vigor que declara as tartarugas marinhas ameaçadas de extinção. Foi redigida com base na lista mundial de espécies ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), da qual fazem parte as sete espécies de tartarugas marinhas. As cinco espécies que ocorrem no Brasil também integram a lista brasileira, desde a primeira publicação até a mais recente atualização, realizada em 2008. Os Estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo também incluíram as tartarugas marinhas em suas listas locais de espécies ameaçadas.
   Para os casos de práticas ilegais como captura, matança, coleta de ovos, consumo e comércio de produtos e sub-produtos de tartarugas marinhas são aplicadas as sansões e penas previstas na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998) e no Decreto nº 3179, de 21 de setembro de 1999.
   Também como forma de proteger as tartarugas marinhas, a Instrução Normativa nº 31, do Ministério do Meio Ambiente, de 13 de dezembro de 2004, determina a obrigatoriedade do uso de dispositivos de escape de tartarugas (TED) nas embarcações utilizadas na pesca de arrasto de camarões.
   A Instrução Normativa nº 21, do Ibama, de 30 de março de 2004, proíbe a pesca do camarão, entre o norte da Bahia e a divisa de Alagoas e Pernambuco, no período de 15 de dezembro a 15 de janeiro de cada ano. O objetivo é proteger as tartarugas oliva, que nessa época estão no pico da temporada reprodutiva. A instrução foi elaborada com  a participação dos pescadores que atuam na pesca de arrasto de camarão.
   Há também diversas leis estaduais que regulamentam aspectos específicos relacionados à proteção das tartarugas marinhas, como iluminação artificial (Portaria do IBAMA nº 11, de 31/1/1995) e trânsito de veículos nas praias (Portaria do IBAMA nº 10, de 30/1/1995).
   O Brasil é signatário de vários tratados e acordos internacionais, inclusive da Convenção Interamericana para Conservação das Tartarugas Marinhas, que ajudou a criar. É um tratado que já conta com 13 países e contempla exclusivamente medidas de conservação destas espécies e dos habitats dos quais elas dependem. O Decreto Federal no 3.842, de 13 de junho de 2001, confirma que o disposto na Convenção Interamericana deve ser executado e cumprido no Brasil.

PORQUE PROTEGER?
   Como presas, as tartarugas marinhas fazem parte da dieta de vários animais (raposas, formigas, lagartos, falcões, abutres, gaivotas, fragatas, polvos, peixes, orcas, focas, crocodilos, onças entre outros) e os seus ovos também podem ser consumidos por raízes de plantas nas praias de desova.
   Como consumidores, atingem diversos níveis na cadeia alimentar. Exercem controle das populações de esponjas, medusas, algas e grama marinha, entre outras. Durante os seus diferentes estágios de vida, alimentam-se de mais de 200 táxons de vertebrados e invertebrados.

SUBSTRATOS DE PLANTAS E ANIMAIS
   Já foram observadas mais de 100 diferentes espécies de plantas e animais vivendo no casco e órgãos internos de tartarugas marinhas, que assim atuam como substrato para epibiontes e parasitos. Também funcionam como dispersores de vários organismos como cracas, tunicados e moluscos.

TRANSFERINDO ENERGIA
   A energia e os nutrientes armazenados nas áreas de alimentação (ambiente marinho) são transferidos para as praias de desova (ambiente terrestre), em forma de ovos. Apenas um terço desta energia e nutrientes retorna para os mares com os filhotes. O restante permanece nos ecossistemas terrestres, transferidos para o solo, vegetação e fauna locais.

RECICLAGEM DE NUTRIENTES
   As tartarugas marinhas são bioturbadores, afetando a estrutura e o funcionamento dos habitats de forrageamento, como, por exemplo, recifes de coral, bancos de algas e grama marinha, e fundos de substrato arenoso. Assim, contribuem para a reciclagem de nutrientes, considerando a grande quantidade de resíduos/detritos excretados por milhões delas no mundo inteiro.
   A tartaruga de pente, por exemplo, ajuda a manter a biodiversidade nos recifes de corais, pois pode se alimentar seletivamente de alguns grupos de esponjas, permitindo que espécies raras se estabeleçam competindo por espaço e nutrientes com sucesso.
                                   
TODAS AS FORMAS DE VIDA
   Por tudo isso, é preciso proteger as tartarugas marinhas. Como poucos animais, elas representam a perpetuação da vida ao longo de mais de 100 milhões de anos. Sobreviventes, resistem e continuam, apesar de tantas agressões e ameaças, a cumprir sua missão de contribuir para a vida de outras espécies – e, por consequência, do homem.
   Durante sua longa existência, cada tartaruga marinha leva e traz toneladas de nutrientes e energia vital à sobrevivência de tantas outras formas de vida. Das tartarugas marinhas depende a existência de uma infinidade de peixes, crustáceos,  moluscos, esponjas, medusas. Dependem também formações de mangues, bancos de areia, de gramas marinhas e de algas, de corais e recifes, de ilhotas e formações geológicas.

O post foi longo, mas vale MUITO a pena ler :) espero que tenham gostado.
(haverá outros projetos que irei postar no blog)

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